De acordo com a Agência Internacional de Notícias AhlulBayt (A.S.) – ABNA, entre as coleções de narrativas, 532 orações de Imam Ali (A.S.) foram registradas, e em algumas fontes, esse número chega a 700 orações. Este é o maior número de orações atribuídas a um Imam, depois de Imam Sadiq (A.S.), de quem foram registradas 944 orações, o maior número entre os Imames infalíveis.
No Nahj al-Balagha, diversas orações de Imam Ali (A.S.) também foram citadas, como as encontradas nos discursos 78, 183, 206, 215 e 227, bem como nas cartas 15, 67 e na sabedoria 276. Entre esses casos, alguns são explicitamente citados como "oração" de Imam Ali (A.S.), como a Carta 15, que Sayyed Razi citou com o título "E das orações dele (A.S.)".
Em muitas fontes narrativas, e nos comentários escritos pelos estudiosos do Nahj al-Balagha, enfatiza-se que Imam Ali (A.S.) repetia essa oração em todas as suas batalhas, assim como Sayyed Razi também enfatizou no Nahj al-Balagha, afirmando:
"Ele a recitava sempre que encontrava o inimigo em combate."
Nesta oração, diz-se:
"اللَّهُمَّ إِلَیْکَ أَفْضَتِ الْقُلُوبُ وَ مُدَّتِ الْأَعْنَاقُ وَ شَخَصَتِ الْأَبْصَارُ وَ نُقِلَتِ الْأَقْدَامُ وَ أُنْضِیَتِ الْأَبْدَانُ؛ اللَّهُمَّ قَدْ صَرَّحَ مَکْنُونُ الشَّنْآنِ وَ جَاشَتْ مَرَاجِلُ الْأَضْغَانِ؛ اللَّهُمَّ إِنَّا نَشْکُو إِلَیْکَ غَیْبَةَ نَبِیِّنَا وَ کَثْرَةَ عَدُوِّنَا وَ تَشَتُّتَ أَهْوَائِنَا؛ «رَبَّنَا افْتَحْ بَیْنَنا وَ بَیْنَ قَوْمِنا بِالْحَقِّ وَ أَنْتَ خَیْرُ الْفاتِحِینَ»."
"Ó Deus, os corações se voltaram para Ti, os pescoços se estenderam em Tua direção, os olhares se fixaram em Tua corte, os pés se moveram em Teu limiar e os corpos se esgotaram. Ó Deus, o ódio oculto se manifestou e as caldeiras dos rancores borbulharam. Ó Deus, a Ti nos queixamos da ausência de nosso Profeta, da multidão de nossos inimigos e da dispersão de nossos desejos. 'Ó nosso Senhor, julga com a verdade entre nós e nosso povo, pois Tu és o melhor dos julgadores!'"
A Essência da Oração em Tempos de Combate
A aproximação dos corações a Deus em tempos de batalha e perigo é uma característica de todo ser humano crente. Imam Ali (A.S.), referindo-se a essa característica dos mujahidin (combatentes), dirigiu-se a Deus e nos ensinou que também devemos pedir a Deus dessa forma em qualquer batalha:
"Ó Deus, os corações se voltaram para Ti e os pescoços se estenderam em Tua direção."
Um ponto notável nesta oração é que o Imam, nela, não se limitou apenas ao tema dos inimigos externos. Em uma breve passagem, ele também enfatiza a questão dos negligentes internos e reclama a Deus sobre a dispersão dos desejos e inclinações:
"Ó Deus, a Ti nos queixamos da ausência de nosso Profeta, da multidão de nossos inimigos e da dispersão de nossos desejos."
É natural que cada batalha tenha um objetivo geral e um conjunto de objetivos específicos. No entanto, o ponto mais importante é que os objetivos de cada batalha devem estar em total conformidade com o objetivo do "governante do governo islâmico". Caso contrário, cada pessoa pode, com base em seus conhecimentos e ignorâncias, conceber um objetivo para a batalha que, ao não ser alcançado, a faria considerar a batalha um fracasso ou um insucesso. E este é exatamente o ponto do qual Imam Ali (A.S.) se queixa a Deus.
Fontes:
- Livro: موسوعة الأدعیة أهل البیت(ع) (Enciclopédia das Súplicas da Ahl al-Bayt, A.S.), Jawad Qayyumi Esfahani.
- Livro: پیام امام، شرح نهجالبلاغه (Mensagem do Imam, Comentário sobre o Nahj al-Balagha), Ayatollah al-Ozma Makarem Shirazi.
- Livro: شرح ابنمیثم بحرانی (Comentário de Ibn Maytham al-Bahrani), Tradução: Mohammadi Moqaddam.
- Livro: روات و محدثین نهجالبلاغه (Narradores e Tradicionistas do Nahj al-Balagha), falecido Mohammad Dashti.
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